sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Lifting básico

Estou de cara nova. Depois de muitos cremes e de um peeling de cristal, o novo visual do blog é esse aí. A repaginada tem a ver com uma nova fase da vida, pós passagem de júpiter na casa 12. E a virada tem um empurraozinho, ou melhor, um empurraozão (porque ele tem mais de 1m80) do meu amigo Murilo, cabeça pensante e atuante do Babelturbo. Além de locutor-apresentador-animador, o gajo também entende tudo da blogosfera. Valeu a força, cálega.
Espero que os meus 11 leitores gostem.

My favorite station

O metrô do Rio de Janeiro, não sei se é assim em São Paulo, oferece ao usuário aquele serviço de locução bacana (só porque a voz da locutora parece com a minha) que informa ao passageiro qual é a próxima estação. O primeiro aviso é no nosso idioma, claro, e o seguinte na língua do Tio Sam. Outro dia ouvi um operador de áudio comentando que achava meio estranha a mistura do inglês com alguns nomes de bairros da cidade. Algo assim...

- Next stop.... PAVUNA station.


Convenhamos, é ou não é hilário?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conversa de marte

Diálogo entre duas atendentes num posto de gasolina da Rua das Laranjeiras:

- Você vai ao Circo Voador?

- Num conheço esse negócio de disco voador não!


Em tempo: para quem não é do Rio, o Circo Voador é um espaço para shows bem no meio da ferveção da Lapa.

A moda Michelle


A onda agora é dizer que deu uma "michelada". Tradução: é aquela mulher que deu uma engordada e está com o pandeiro no estilo da senhora Barack.


Em tempo: a imagem é inconfundivelmente uma das caricaturas do mulatólogo mestre Lan.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Eu e os voos - 2


Lembrei naquele exato instante dos filmes que falam sobre queda de aviões. Tem sempre aquele passageiro que morreu de bobeira porque chegou atrasado e insistiu em entrar no avião. A paranóia foi aumentando quando tive que dar aquela corridinha para embarcar. Cena clássica dos longas que têm esse enredo. Ainda na fila na sala de espera, um ex-candidato a vereador - que fez parte do documentário Vocação do Poder - puxa conversa comigo. Pronto, tive certeza de que era um aviso. Os filmes sobre desastre de aviões costumam mostrar diálogos entre desconhecidos. A tensão naquele minuto cresceu mais ainda. Entro, finalmente, naquele meio de transporte. Coloco minha pequena malinha no compartimento acima da minha poltrona, sento, tento me distrair folheando uma revista e instintivamente olho para a poltrona do outro lado do corredor. Não deveria ter feito isso. Lá estava um padre todo vestido de preto e o que é pior.... se benzendo. Senti um terror absurdo percorrendo o meu corpo e uma vontade louca de buscar aquele santo remédio para o medo, mas guardei na mala e não tinha mais como abrir. Imediatamente pensei: se aquele padre, que supostamente tem conexão direta com Ele, se benze nessas horas, imagina eu que não tenho um telefone vermelho com o homem!
Tentei me concentrar num livro de bolso sobre cinema, cujas folhas estão mais amassadas do que um maracujá de gaveta. Obviamente, transpirei um rio inteiro na decolagem. Durante o voo, cheguei à seguinte conclusão: vou fazer um curso de roteiro.

Eu e os voos


Os mais chegados sabem que tenho pânico de voar de avião. Durante um bom tempo, só conseguia entrar com remédios, daqueles que deixam a gente tão doidona a ponto de não ter discernimento da besteira que está fazendo. No caso, entrar num avião. Essa história começou quando peguei um voo de 12 horas e 6 foram de turbulência, daquelas de fazer abrir compartimento. Daí em diante nunca mais entrei confiante naquele gramado. Outro dia, tive que ir para Brasília a trabalho. Estava com dois amigos e resolvi testar a minha coragem. Os dois também me convenceram de que não ia valer a pena tomar os tais remédios, uma vez que o voo durava menos de duas horas e, mais tarde, não poderíamos tomar aquela cervejinha revigorante. Depois dessa boa argumentação, topei o desafio. Transpirei horrores na decolagem, mas depois esqueci. Falamos tanto de tantas coisas que só fui me dar conta de que estava no chão quando eles começaram a fazer troça da minha paranóia. O problema foi que eles voltaram um dia antes de mim e, portanto, eu não teria com quem me distrair no voo de volta à cidade maravilhosa. Ao chegar no aeroporto de Brasília descobri que meu voo havia sido cancelado. O check in do voo anterior ao meu já estava encerrado e, portanto, eu só poderia sair daquela terra seca de meu Deus só à noite. Insisti com a atendente para que ela avaliasse a possibilidade de me colocar naquele primeiro "trem" de qualquer jeito. Nada feito. Diante da negativa, fui chorar minhas mágoas no meio do saguão. Eis que de repente surge uma outra atendente e pergunta se eu ainda tinha interesse em entrar naquele voo. Disse sim sem pestanejar. Foi neste momento que um filme totalmente trash começou a ser roteirizado na minha cabeça.

Continua...

sábado, 24 de janeiro de 2009

Suburbanices - a retomada


No começo desse blog prometi que revisitaria histórias do meu querido subúrbio. Sei lá porque perdi o rumo da prosa e há tempos não escrevo nada sobre. Ultimamente tenho andado assim meio diferente e vivo pensando no "suburbian way of life". Será que é por causa da posse do homem? O que sei é que uma vez estava registrando um churrasco familiar e uma das organizadoras resolveu contar o que tinha na festa, o cardápio clássico de sempre: farofa, arroz, salada e... macarronese. Foi aí que fiquei intrigada. No meu tempo macarrão não entrava pro rolo não. Mas, como tudo muda, o pessoal resolveu dar uma inovada também. A batata e seus amigos foram, por ora, aposentados.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Marinete, o retorno

A amiga faxineira trabalha aqui em casa de vez em quando. Outro dia ela se deparou com aquele pequeno secador de meias e afins pendurado na área de serviço. Nesse momento ela não se conteve.

- Bárbara, pelo amor de Deus! Joga esse troço fora. Tá cheio disso lá na Rocinha. É muito feio.


Não consegui responder nada de tanto rir.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A verdadeira Marinete

Tenho uma amiga faxineira que é uma verdadeira frasista. Aliás, frasista só não, ela é uma pesquisadora do mundo dos "baixa renda", como gostam os politicamente corretos. Essa minha amiga é uma guerreira: cria três filhos sozinha, trabalha em diferentes casas, muitas vezes chega a bater o ponto em duas residências por dia. Com ela não tem perrengue: chova ou faça sol ela aparece, nunca deixa ninguém na mão. E se não pode ir, manda alguém no seu lugar. Numa tarde de sábado dessas, ela presenciava um churrasco na casa de um de seus clientes. Pouca gente, música ambiente...em poucos minutos de observação, a verdadeira Marinete solta a seguinte pérola:

- Churrasco de rico é outra coisa, né? As pessoas falam baixo... não tem confusão. Churrasco de pobre é diferente, sempre acaba em boletim de ocorrência.


É ou não é uma antropóloga?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Mundo rivotril

Alguém pode me explicar o motivo que leva a administração de um cemitério a adotar decoração de natal em suas dependências? Juro que não consigo entender. Essa "boa ação" acontece todos os anos no São João Batista, em Botafogo. Me digam: é ou não é pra tomar uma tarjapretazinha de vez em quando?