terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Caindo na real
Lá estava ela, toda-toda no seu terceiro dia de aula de remo. Sim, remo. Era o exercício do momento, com as costumeiras promessas de conquista de um corpo ideal. O curso era na Lagoa Rodrigo de Freitas, bela como sempre, suja como sempre também. Era verão e o sol estava como de costume nessa época: es-cal-dan-te. Pior ainda quando se faz atividade física ao ar livre às 10 da manhã. Voltemos ao terceiro dia: momento de superação de obstáculos. Ela tinha saído daquele tanque de treinamento constrangedor, lugar onde se rema, rema e não chega a lugar nenhum. Tinha chegado o momento de glória, a coroação pelo seu bom comportamento dentro daquela banheira. O prêmio era remar sozinha nas águas nada claras da Lagoa, sem mãozinha, sem rodinha, sem ninguém para pedir apoio na hora da queda. O começo foi meio cambaleante, assim como o primeiro dia de toda criança em cima de uma bicicleta. Mas, aos poucos, o remo foi sendo dominado e lá estava ela atravessando pra lá e pra cá a imensa Lagoa. O visual era incrível, a sensação de liberdade também. Depois de quase uma hora remando, ela já se achava quase uma profissional. Feliz e contente pela façanha, decidiu que aquele seria o esporte da sua vida. Isso até passar um ônibus com um sujeito com a cabeça pra fora da janela e gritar: "rema, rema filha da puta"! A "remadora por três dias" hoje caminha ao redor da Lagoa sem nem olhar para aquele canto.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Samba de um refrão só
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Assassinaram o camarão
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Ecos do carnaval
O bloco avançava pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, passava da meia-noite e uma chuva forte resolveu refrescar os foliões sedentos de alegria naquele início de carnaval. Para ser fiel aos fatos, o bloco era, na verdade, formado por meia-dúzia de músicos e por uma multidão que não conseguia entrar em sintonia sobre a música que estava sendo cantada: na frente rolava um "mamãe eu quero", enquanto lá atrás ouvia-se um "alalaô". Quase na chegada no ponto de onde o bloco havia partido, um grupo de marmanjos resolve mexer com uma mulher que assistia a tudo da sua janela: "tira, tira", gritaram exaltados. Empolgada com a animação da rapaziada, a mulher resolve fazer o que eles pediam. Vocês sabem qual foi a resposta imediata do clube dos machos? Em coro eles girtaram:"Piranha, piranha!!!". Esses homens são mesmo muito esquisitos: quando a mulher não cede é jogo duro e quando faz o que eles querem é agraciada com o nome desse peixe de água doce. Vai entender!
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