terça-feira, 9 de agosto de 2011

Meu lado Massaranduba

Hoje fui na minha primeira aula de boxe. Chego maquiada, afinal saí do trabalho, e logo tomo o primeiro soco do professor de 2 metros de altura:

- Querida, vai lavar o rosto no banheiro e volta!

Claro que fiz cara de poucos amigos e fui lá fazer o que o coronel do Bope mandou. Na volta, a minha primeira tarefa foi dar um soquinhos sem graça no ar olhando pro espelho, e, é claro, que aquela cena não me agradou. Estava decida: não iria na próxima aula. Eis que surge a tarefa mágica:

- Vai naquele saco ali e bate muuuuuuito!

Um admirável mundo novo se abriu na minha frente. Minha colega de porrada ainda deu umas dicas:

- Pensa no chefe e nas gordurinhas que a força vem.

Pronto, fui capturada. Descobri o meu esporte, me senti uma daquelas crianças agitadas que os pais colocam no judô pra gastar energia. Amanhã saio pra comprar o meu par de luvas cor-de-rosa!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Minha saga para ver Emininhaus

Para ir ontem ao show daquela moça que está perdendo a força naquela peruca tive que encarar uma senhora empreitada. Meu ingresso foi comprado por uma amiga via internet e teríamos, portanto, que chegar cedo lá nos cafundós para retirar o bilhete válido. Como eu não acredito em ir a shows de carro, bolamos o plano quase perfeito para chegar no local sem estresse. Saí de casa às 4 da tarde para encontrar minha amiga no centro da cidade, onde pegaríamos o ônibus frescão (aquele que parece um frigorífico em 4 rodas) e partiríamos rumo ao tão esperado show da barraqueira. Pois bem, é nesse momento que o bicho começa a pegar. No terminal Menezes Côrtes, descobrimos que teríamos que fazer baldeação: descer no Barra Shopping e pegar outro coletivo. Mas esse não era exatamente um problema, o caldo desandou mesmo quando nos deparamos com aquele trânsito infernal. No ônibus, um rapaz - de mais ou menos 20 anos - sentado em um banco à frente do nosso, escuta a nossa conversa e diz:

- Vocês vão pro show? Posso ir com vocês, estou completamente perdido.

Coitado, ele ia parar no ponto final no Recreio dos Bandeirantes. Devidamente incorporado na saga, o jovem Gabriel desce junto com a gente e começa a procurar um táxi desesperadamente. Se não chegássemos a tempo de trocar os ingressos, não poderíamos entrar. Gabriel entra no primeiro táxi que vê, sem se dar conta de que precisávamos de algo mais possante naquele momento. Até mesmo o taxista se espantou com a nossa vontade de entrar no carro:

- Até estranhei. Um monte de gente querendo entrar nesse carro velho.

Eu achando que a saga já ia terminar e um novo capítulo começa ali. O carro era um escort já fora de linha e, além disso, o motorista era do tipo interativo, queria conversar. Mostrava os prédios, falava de novas obras e a gente achando que só ia ver mesmo os barraqueiros do lado de fora. Minha amiga Florenza ainda saca da sua bolsa um pacote de biscoito e oferece para o nosso guia, que só estava interessado em tagarelar. Quando o carro finalmente chega na arena que tem nome de banco, os três saem correndo como loucos com medo de perder aquele que seria o show do momento. Como vocês sabem, não foi lá uma Brastemp. Meia-noite entro em outro coletivo e só chego em casa às duas da manhã. Emininhaus me deu uma canseira danada, e não foi por fazer um show empolgante.


ps.: o nome Emininhaus foi totalmente copiado do twitter do David Brazil.