quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Orelhas de abano

Às vezes acho que tem coisas que só acontecem comigo. Hoje, seguia rumo ao lançamento do livro Humor Vermelho no Shopping Leblon (todos os meus 11 leitores já sabem que tenho um conto nesse livro... então tá) e dei de cara com mais uma dessas histórias cariocas. Peguei o táxi em Botafogo bastante atrasada. Tensa pelo atraso e pela novidade que é ter um conto publicado, tentei buscar alguma distração mexendo no celular. Hora do rush e, é claro, o trânsito não ajudava. Foi aí que comecei a travar uma conversa com o jovem motorista:

Euzinha: o trânsito tá ruim, né? Estou super atrasada, mas não adianta eu ficar estressada. Você não tem como sair desse engarrafamento mesmo. Vou relaxar!

Motorista: ainda bem que você é assim. Uma vez (eles sempre engatam a conversa com "uma vez") teve uma senhora que resolveu dizer para que lado eu deveria dirigir. Aí eu fiquei nervoso e disse pra ela: "tá vendo essas orelhas aqui? Elas são grandes, mas eu não voo não!"

Preciso dizer que a minha pose de madame séria foi para o pé?

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