sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estive aqui e lembrei de você...

Quando viajo sempre procuro saber sobre o artesanato local. Gosto de fugir do óbvio, é claro, mas nada de rigidez. Já comprei as garrafinhas de areia do nordeste, tenho carranca do Rio São Francisco e sem falar na minha modesta coleção de bonecas de barro. Meu sonho de consumo é ter uma boneca feita por Dona Isabel, do Vale do Jequitinhonha. Uma mestra cujo trabalho já saiu da condição de artesanato e ganhou o status de arte. Mas retomando o rumo da prosa, o que quero mesmo dizer nesse post é que tenho muita curiosidade para saber o que fazer com alguns objetos "artesanais" feitos aí. Por exemplo: vi agora em Paraty uma barraquinha oferecendo a gravação do nome do feliz turista num grão de arroz. Fiquei imaginando as mil e um utilidades desse objeto de decoração. Você coloca na estante e faz uma placa imensa para a visita poder saber do que se trata. Além disso, pensei ainda na trabalheira dos infernos que deve ser transportar esse grão de arroz: vai ter que arrumar um potinho ou coisa que o valha e ainda se preocupar em não perder aquela porcaria no meio dos zilhões de penduricalhos que estão dentro da bolsa. Mas a dúvida que realmente me consome é: o que leva alguém a querer ver o seu nome gravado num grão de arroz?

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