domingo, 26 de julho de 2009

Segurando o riso

Eu adoro ouvir rádio ao dirigir. É a primeira coisa que faço quando entro no carro. Outro dia, saindo do trabalho, ouvi a locutora anunciar uma nova cantora. Confesso que fiquei tão impactada com seu sobrenome que não lembro do primeiro, muito menos do que ela cantava. Como também trabalho com locução e vira-e-mexe tenho que narrar coisas que me dão uma vontade louca de cair na gargalhada, só pensava na pobre da profissional do microfone ao ter que anunciar a revelação feminina da música:

- CAGAUA!

Com todo respeito à cantora e ao seu trabalho, não dá para arrumar outro nome artístico?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Quem não sabe beber...

Cena de uma segunda-feira fria no Humaitá. No meio do cruzamento entre as ruas Visconde de Caravelas e Capitão Salomão, bem no meio da rua e entre muitos bares, dois bebâdos conhecidos da região travam uma batalha, um com um pedaço de pau e o outro com um cabo de vassoura. Parecem brincar de espada, como crianças, mas brigam feio, como homens feitos. Golpes nas costas, na cabeça... e um deles ainda segura um embrulho em uma das mãos. Para quem passa, o primeiro impulso é achar graça, mas, depois de alguns segundos de observação, é a tristeza que se instala. Não há mais graça, somente pena. Em meio às gargalhadas de todos que acompanham essa cena, ninguém faz nada.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O troco

Van lotada indo da Barra para Realengo. No meio do caminho, o ajudante do motorista, que faz o trabalho de cobrador, resolve bancar o engraçadinho pra cima de uma senhorinha.
Engraçadinho: a senhora vai descer aonde?
Senhorinha: perto das Sendas, por favor.
Engraçadinho: por que a senhora não desce na Praça do Canhão, para eu poder gritar "tá descendo um canhão"?
Senhorinha: sem problemas, aí eu vou poder dizer "tá ficando outro"!
Nem preciso dizer que a risadaria foi geral.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu fui ao show do Rei

Escrevo atrasada, eu sei, mas contraí uma baita gripe por causa daquele toró que caiu no meio do show de RC e, por isso, fiquei quase fora de combate nesses últimos dias, quase porque tive que trabalhar, é claro. Voltando ao show, minha motivação para ver oRei era diferente da grande maioria das mulheres presentes naquele Maracanã lotado, uma vez que 98,7% (dados apurados por mim mesma) queriam dar um "chega pra cá" no homem do calhambeque. Era um tal de tirar fotos do telão, de cantar de mãos dadas com as amigas, de dar gritinhos e uivinhos. Tudo no diminutivo mesmo. Balzacas, quarentonas, cinquentonas e representantes da terceira idade. Todas num assanhamento de dar gosto, como diria minha avó. Sentei lá no meio do gramado e, ao meu lado, três peruas gaúchas não paravam de sacolejar: era um senta-e-levanta insuportável, digno das adolescentes mais chatonildas num show do Zack Efron. O que elas queriam? Levantar a porcaria de um banner para que a câmera da emissora de tevê registrasse o quanto era grande o amor delas pelo homem do terno branco. À minha frente, uma senhorinha balançava tanto que me senti num navio. De um lado pro outro, de um ladro pro outro. Fiquei enjoada. Momento "não vou conseguir conter a minha risada" foi quando Roberto cantou:
- Eu te aaaamo!
E elas responderam:
- Eu tambéééééém!
Mas houve uma parte do show que tive vontade de sair correndo como um louca em direção ao meu bom e acolhedor cobertor. Foi quando RC entoou aquele hino da breguice sem qualidade (sim, porque há breguices e breguices). Aquela música insuportável, que costumava ouvir (obrigada, é claro) na minha adolescência, em homenagem aos caminhoneiros. Foi neste exato momento que a chuva desabou e espantou muita gente. Na minha modesta e irônica opinião, nem Jesus Cristo aguentou. RC deveria ter cantado para o homem lá de cima bem antes de propagar pelo Maraca essa heresia.
ps.: aos fãs do Rei: antes que me xinguem aqui, eu não tenho nada contra o cara. Gosto muito de tudo o que foi feito na Jovem Guarda. E só.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estive aqui e lembrei de você...

Quando viajo sempre procuro saber sobre o artesanato local. Gosto de fugir do óbvio, é claro, mas nada de rigidez. Já comprei as garrafinhas de areia do nordeste, tenho carranca do Rio São Francisco e sem falar na minha modesta coleção de bonecas de barro. Meu sonho de consumo é ter uma boneca feita por Dona Isabel, do Vale do Jequitinhonha. Uma mestra cujo trabalho já saiu da condição de artesanato e ganhou o status de arte. Mas retomando o rumo da prosa, o que quero mesmo dizer nesse post é que tenho muita curiosidade para saber o que fazer com alguns objetos "artesanais" feitos aí. Por exemplo: vi agora em Paraty uma barraquinha oferecendo a gravação do nome do feliz turista num grão de arroz. Fiquei imaginando as mil e um utilidades desse objeto de decoração. Você coloca na estante e faz uma placa imensa para a visita poder saber do que se trata. Além disso, pensei ainda na trabalheira dos infernos que deve ser transportar esse grão de arroz: vai ter que arrumar um potinho ou coisa que o valha e ainda se preocupar em não perder aquela porcaria no meio dos zilhões de penduricalhos que estão dentro da bolsa. Mas a dúvida que realmente me consome é: o que leva alguém a querer ver o seu nome gravado num grão de arroz?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Formigas gigantes

Praia de Trindade, a 20 km de Paraty: águas claras, areia limpinha, poucos banhistas. E toma de andar uma senhorinha pra lá e pra cá com uma bandeja lotada de doces: brigadeiros do tamanho de uma bola de tênis, quindins, doce de coco e outras guloseimas.

Moral da história: ou a praia tem formigas gigantes ou a larica naquele lugar é fortíssima. Tirem suas conclusões!

Balança imaginária

Quarto dia de férias. Caminho feliz por não ter compromissos, nem estresse. Camiseta branca, bermuda branca, chinelão branco... paz total. De repente, passo em frente a dois trabalhadores desse meu Brasil e eis que um dos rapazes resolve ser gentil.

- Bom dia! Nossa senhora, hein!

Moral da história: estou gorda. Começo uma dieta hoje mesmo.