sexta-feira, 22 de maio de 2009

Par perfeito

Amigo apresentando a digníssima aos amigos:

- Essa aqui é a cabeça de bacalhau, aquela que ninguém nunca vê!


Não preciso dizer que foi uma risadaria geral, inclusive da mulher em questão.

domingo, 17 de maio de 2009

Sinceridade lusitana

Casal de idosos conversa com vizinha no elevador:

Idosa: como vai a sua mãe? Lembrei-me dela ontem porque vi uma reportagem na televisão sobre uma senhora de 108 anos. Quantos anos tem sua mãe?

Vizinha: 105. Vai fazer 106 em junho.

Idoso encerra a conversa: não tem o que fazer, vai ficando por aqui, ô pá!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Frases suburbanas - mais uma

Essa é mais uma daquelas que só entende quem conhece o unverso suburbano carioca:

- Vou tirar essa roupa no cartão!


Tradução livre: significa comprar algo utilizando o cartão de crédito. Agora, quem puder explicar porque o verbo "tirar", eu agradeço.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Filho de suburbano, suburbano....

Uma amiga do peito mandou o convite de aniversário da filha de três anos com a seguinte explicação:
Aos três anos, mais madura, ela me pediu uma festa de Cinderela (ninguém merece!). Claro que isso significa colocar aquele vestido longo, cuja qualidade possibilita sua duração por 11 ou 12 minutos. Pediu também um sapato brilhoso (argh!) e um cabelo amarelo (ou seja: uma peruca loura – alguém já viu criança de três anos pedir peruca loura??? Com muita psicologia - quem diria, hein? - consegui fazê-la desistir desta extravagância). Mas ela agora quer um príncipe que encontre o sapatinho dela e o traga numa almofada para calçar no seu pé. Estou a ponto de desmaiar e preciso desabafar com vocês: de nada adiante uma escola construtivista, um discurso de possibilidades alternativas, quando o gene do Irajá fala mais alto. Ainda não foi nesta geração que ocorreu a depuração. Vocês me entendem.
Segue o arquivo do convite...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Frases suburbanas

Algumas frases suburbanas resumem uma penca de coisas. Essa é uma delas:

- Mal chegou e já quer sentar na janelinha!


E você? Conhece alguma?

domingo, 10 de maio de 2009

O show do Bajofondo


Antes de ser jornalista, tive muitos empregos. Um deles foi o de secretária numa empresa de andaimes. Esse negócio de secretariar, definitivamente, não era a minha praia, mas foi graças a esse emprego que pude assistir a vários shows, porque quase todos os palcos de grandes shows eram montados por essa companhia. Por isso, fui ao segundo Rock in rio, a duas edições do Holywood Rock e a uma penca de apresentações na Praça da Apoteose, dentre elas a inesquecível aparição de Eric Clapton. Durante esse período vi, portanto, shows memoráveis. Ir a bons shows continuou a fazer parte da minha vida depois que mudei de rumos profissionais. Hoje, pude assistir a mais um deles. A apresentação do grupo Bajofondo no Vivo Rio foi simplesmente espetacular. Foi uma experiência musical indescritível. Os adjetivos podem soar como clichês, mas, como não sou crítica de música, me permito colocá-los nesse texto. A única parte chata foi ter que acompanhar sentada a mistura de tango, milonga e outras sonoridades do Rio da Prata. Detalhe curioso: a banda, que é adorada pelos "mudernos" de plantão, atraiu um monte de senhoras e senhores que, pelas expressões faciais, pareciam esperar uma apresentacão de tango típica e não aquele batidão enlouquecedor (para mim, no bom sentido). Os músicos estimulavam toda hora as pessoas a se levantarem para "bailar", mas muita gente ficou constrangida em ficar de pé diante de tantos velhinhos nas mesas de trás. De repente, várias pessoas começam a subir ao palco, que se transforma numa pista de dança. Nesse momento fui movida por um pensamento:
- Se não fizer isso agora quando poderei fazer?

Subi ao palco - fui a última autorizada a entrar pelo segurança - e dancei feito uma louca ao lado dos músicos e de vários outros amantes da boa música.

Agradeço ao garoto que, numa loja de disco em Buenos Aires, me apresentou ao Bajofondo, quando eu pedia informações sobre bandas de tango eletrônico. Hoje entendo porque eles não apreciam esse rótulo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

As mulheres e seus possantes

Sou extremamente combativa quando ouço qualquer tipo de frase negativa sobre mulher ao volante, mas às vezes - e põe vezes nisso - tem sido difícil defender "as companheiras" de luta. Ontem, seguia em direção à Barra da Tijuca - um bairro estranho, com todo respeito aos moradores - quando surge um leve engarrafamento, muito comum naquela região, por causa de um acidente. Três filas de carro se formam quando, na verdade, só havia passagem para dois veículos, neste momento sou espremida por um ônibus - um hobby natural dos trabalhadores desse tipo de transporte - e um fiat uno, que quer porque quer entrar na minha frente. Confesso que, quando vi aquela patricinha se saracoteando toda, buzinando como uma histérica e cheia de marra, senti uma enorme vontade de descer do carro e dizer poucas e boas. Parênteses rápido: tenho pensado muito na competitividade feminina e tentado exercitar a tolêrancia com os arroubos de inveja e ciúmes típicos desse universo, mas....acho que não tenho conseguido. Voltando ao trânsito, fui movida pelo meu constante senso de justiça e achei que não era justo deixá-la passar depois de todo aquele escândalo... dei apenas duas pisadinhas no acelerador e fiz cara de paisagem. A lady não se conformou, colou na minha traseira, acendeu o farol, piscou, fez o escambau. Só se deu por satisfeita quando passou por mim e fez cara de pitgirl. Quando seu possante fiat uno passou havia um plástico bem grande colado no vidro traseiro:
- J'adore Citroen.

Preciso dizer mais alguma coisa?

domingo, 3 de maio de 2009

Eu e meu carango

Carro para mim é meio de transporte. Explico a obviedade: não sou daqueles que se apaixonam por carro a ponto de tratá-lo como membro da família. Gosto que ele me leve com segurança aos meus diferentes destinos... e ponto. Isso foi até a última quinta-feira. Tive um ódio tão profundo do meu veículo que me peguei implorando ao monte de plástico (sim, a maioria dos carros hoje tem quase tudo de plástico) que não me deixasse na mão no meio daquele lugar distante da minha casa, especialmente naquele engarrafemento de feriadão, logo depois de trabalhar tanto e, é claro, de estar mais cansada do que maratonista em linha de chegada. A última quinta-feira foi para mim a sexta-feira treze de qualquer sujeito com muita falta de sorte. Ele saiu direitinho da minha última tarefa do dia, não deu nenhum sinal de fadiga ou estafa, mas estava com pouca gasolina. Resolvi parar em um posto na Avenida das Américas em direção à Zona Sul. Fiz o de sempre: entreguei a chave e pedi ao frentista que colocasse apenas 20 reais, o suficiente para que eu atravessasse todos os túneis durante a viagem (é uma viagem mesmo!). O sujeito fez o que devia ser feito e devolveu a chave, quando enfiei a dita cuja na ignição e dei a rodadinha necessária.... nada aconteceu. De repente, o alerta começa a piscar sozinho e os pinos da porta destravam sem a ajuda de ninguém. Ou era fantasma ou era o carro querendo dizer pra mim "Ih, a madame sifu".
Vendo o meu desespero,o frentista resolveu ajudar:
- Acho que é um problema na bucha. Deixa esfriar um pouquinho e tenta de novo.
Me senti falando grego, a única bucha que conheço é aquela da cozinha de lavar a louça. Mesmo assim fiz o que o especialista sugeriu e... nada de novo.
Ele resolveu ajudar mais ainda e jogou uma água no motor para esfriar o troço. Esfriou tanto que o carro decidiu acabar de vez com aquela palhaçada e se entregou para sempre aos braços de morfeu. Veio dormindo num sono profundo em cima de um reboque, coisa que faz até esse momento. Mas, sinceramente, acho que se zangou com a ameaça que fiz logo no início do furdunço:
- Se você realmente fizer isso comigo eu vou te trocar!
Conclusão: acho que tenho visto muito desenho animado.