quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O chororô do ex-prefeito

Acabei de ler no Globo Online: o prefeito caiu no choro ao se despedir do mandato. Ao ver a notícia só consegui pensar no Zé Simão: esse é mesmo o país da piada pronta, minha gente! Porque todos nós, eleitores, graças a Deus temos uma música que exprime tudo o que queremos dizer ao alcaide. Segue aí

Chora!
Não vou ligar, Não vou ligar!
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar Pode chorar
Mas chora!
Chora! Não vou ligar, não vou ligar!
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar
Pode chorar...
É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê.
Eu vou festejar
Vou festejar!
O teu sofrer
O teu penar...
Você pagou com traição A quem sempre Lhe deu a mão...

A crise financeira e as mulheres

Dizem que mulher é gastadeira e coisa e tal, mas acho que um bom medidor da nossa preocupação com a crise que se anuncia foi a baixa no estoque de calcinhas amarelas das lojas americanas de Laranjeiras para este reveillon. As poucas peças que restaram eram sem graça, sem graça. Enquanto isso, brancas, vermelhas e cor de rosa sobravam nas araras. Será que é um sinal de que a mulherada perdeu as esperanças no amor?

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Lista de fim de ano

Admito, admito: eu faço lista de resoluções para o ano novo. Sei que é brega, sei que é caforna, mas fazer o quê. Sou suburbana e não desisto nunca. Mas esse ano pensei numa lista diferente, como todos os anos não consigo cumprir nada do que me proponho a fazer, pensei que poderia então viajar "na maionese", como diz o vocabulário realenguense, e fazer a lista dos sonhos, aquela que você gostaria que caísse na mão de alguém lá em cima e Ele ou Ela decidisse botar a mão na massa e fazer com que cada item fosse atendido. Então, lá vamos nós:

1) Ganhar na mega-sena acumulada. Esse é o primeiro pedido da lista porque assim eu poderia realizar quase todos os outros;
2) Viajar o mundo quase todo. Tenho as minhas exceções e não vou listar aqui para não ofender a ninguém, mas vamos combinar que não daria meu rico dinheirinho para países que descumprem regras mínimas de convivência. Entenderam, né! 300 mortos é de f%#$!
3) Ficar com o corpo da Grazi Massafera. E melhor: poder comer o que quiser (gente não estou falando do Cauã, tá?).
4) Com todo respeito ao querido companheiro, mas ter um affair com o Javier Bardem não seria na mal!
5) Ficar com os cabelos da Gisele Bundchen. Com a nova regra ortográfica não preciso colocar o trema em Gisele, preciso?
6) Beber uma garrafa de Mouton Rotschild sozinha, sem dar um gole para ninguém. Um egoismozinho de vez em quando não faz mal a ninguém.
7) E por fim, ter muita paciência para aturar gente chata. Esse é o meu real desejo para 2009.


E você? Como seria a sua listinha?

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A camisa da verdade

Tenho um amigo muito engraçado que diz que vai criar uma camisa para enaltecer determinados homens que "pegam" determinadas mulheres. A frase da camisa dever ser assim" Fulano de tal. Tem que respeitar". Conversando com uma amiga, pensamos nas figuras femininas que mereciam receber um exemplar desse. Durante o papo, lembrei do aniversário de um outro amigo na casa de uma banqueteira do momento. Ao chegar, subi no elevador com uma convidada ilustre: Marília Gabriela. Gostava dela na tevê, mas tenho que confessar que ela tem borogodó capaz de causar inveja em muita mulher nova. Alta, magra, elegante e inteligente, Marília me deixou intimidada... e são poucas as mulheres que me intimidam. Marília Gabriela merece a camisa não porque pegou o Reinaldo (o que não é pouca coisa), merece sim por seus atributos que passam longe da "moda dominante". Tem que respeitar!
E você? Para quem você daria a camisa com os dizeres do meu amigo?

sábado, 20 de dezembro de 2008

Alguma coisa tá fora da ordem

Quem é mais chegado sabe que me recuso a ir a velórios. É claro que ninguém gosta, mas tem gente que leva a situação com mais naturalidade, com menos horror. Por isso, só vou a velórios por pessoas a quem tenho apreço, e essa é uma palavra que gosto muito. Fui a um na semana que passou. Acho que descobri o sentido da palavra se despedir. Mas essa é uma outra história. A história desse post é, na verdade, sobre valores. Termômetro de que essa palavra está mesmo indo pro buraco foi ver uma placa, pregada ao lado da lanchonete que fica dentro do cemitério, com os seguintes dizeres: "Departamento de Vendas". Simples assim, como se fosse um celular, um eletrodoméstico ou um móvel.

Vermelho é a cor da paixão

Conversa entre dois funcionários da Cobal do Humaitá:

- A mulher esqueceu de levar as compras, deixou tudo aqui em cima do balcão.

- Ah, ela devia estar pensando no namorado. Você não viu que ela estava vestida de vermelho?

Como não sou cuscuz pra morrer abafada, como diz meu amigo Murilo, resolvi entrar na conversa:

- Não entendi.Quem usa vermelho é porque está apaixonada?

O homem não só afirmou que sim como descreveu o vestuário completo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O dia que o refletor explodiu

Hoje, estávamos gravando o piloto do novo programa lá na TV quando começamos a lembrar dos momentos "sifu", como diria nosso querido presidente. Um deles foi quando o refletor explodiu e pequenos cacos de vidro - muitos, por sinal - resolveram fazer moradia no cabelo cheio de laquê da convidada. Ela era uma senhora elegante e com cara de quem não gosta de ser pega de surpresa. Eu, ainda meio crua no ramo do programa transmitido "ao vivo", precisei demovê-la da idéia de sair correndo, principalmente porque a direção me dera ordens expressas de não chamar o intervalo porque o controle mestre não estava avisado para tal. Minha missão era quase impossível, o que eu via, sentada a poucos metros de distância, era uma cabeça reluzente, com tantos cacos de vidro. Com a cara mais lavada do mundo lá fui eu:
- Não houve naaaaada..... a senhora pode continuar falando.
Quem presenciou disse que eu parecia ter saído direto do filme Titanic, naquela cena em que o barco tá indo pras cucuias e os violinistas continuam tocando como se nada houvesse.
Mas o final da nossa história ainda não chegou. Não satisfeita com o furdunço todo, a então diretora resolveu mandar o iluminador subir na escada e consertar a porcaria do refletor. E lá foi ele, lépido e fagueiro, cumprir a ordem. O problema é que o intervalo tinha apenas 1 minuto, tempo nada suficiente para resolver a pendenga. E foi o que aconteceu: o programa voltou ao ar e lá estavao o cidadão trepado na escada brincando de estátua. Daí em diante eu não tinha nenhuma carta manga, nada que nenhuma escola de jornalismo tenha ensinado para sair de uma situação como essa. Nada, mas nada mesmo me impediu de cair na gargalhada. Em tempo: a professora nunca mais voltou ao programa.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Máscara da vida

Conselho de uma maquiadora experiente:

-Querida, não se maquia todo dia não. Isso é coisa de gente burra! Tirou a maquiagem não sobra nada.

Cinema e realidade

Estava louca para ver o último do Woody Allen, ainda mais depois que um grupo de mulheres, durante uma festa, resolveu fazer a velha brincadeira do "você seria quem?. Na tal festa, elas queriam que cada uma dissesse se era Vicky, Cristina ou Maria Elena? Como eu ainda não tinha visto o longa, não pude brincar. Mesmo assim, uma delas disse que eu parecia ser Maria Elena. Motivada por essa definição, parti hoje à tarde sozinha para a sala escura. Antes da sessão começar, sento naqueles bancos de madeira que ficam no meio do Estação Botafogo. Dois minutos depois, um senhor, com cara de quase 80 anos, senta ao meu lado. Pergunta se eu sinto frio, fala sobre o filme que vai assistir, pergunta qual eu vou ver e, ao saber da minha escolha, conta que era de Barcelona e que eu deveria conhecer. De repente, se aproxima uma senhora, cerca de 10 anos mais nova que ele, e entrega o ingresso. Ele diz que já havia comprado e sugere que ela pegue o dinheiro de volta. Quando ela se afasta ele revela:
- Não via essa moça há quase 30 anos!
Já não se fazem mais homens elegantes como antigamente.
ps.: Para quem ficou curioso: não, eu não me identifico com a Maria Elena.